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Entrevista com Telma Guimarães

Jun 03, 2015

Telma Guimarães dá seu depoimento sobre polêmica envolvendo a Câmara Municipal de Guarulhos e livro "Menina Não Entra", publicado pela Editora do Brasil

Qual a sua opinião sobre a reação causada na Câmara Municipal de Guarulhos em relação ao livro Menina Não Entra? 
Minha opinião é que nem leram o livro, o que é uma pena! Esperava que vereadores eleitos que representam a população fossem leitores mais atentos. Esses, pelo menos, não são.    
 
Como foi o processo de criação do livro Menina Não Entra, da Editora do Brasil?
Lembrei da época em que, mãe de três filhos pequenos, decidi lutar judô. Eles lutavam judô (um filho e uma filha) e, ao invés de ficar esperando pela aula, juntei-me a eles. Na época, muitas pessoas estranharam.  Sempre achei que essa história de “esporte só para meninos”, “brinquedo só de meninas”, era algo muito preconceituoso. Assim, lembrei-me dessa minha época de judoca para começar a história do livro Menina não entra. Comecei o texto com um time de futebol só de meninos. Fui diagramando as páginas, até que um pé calçado por tênis aparece no canto. Ninguém sabe quem é o décimo primeiro jogador. Na página seguinte, uma surpresa: é uma menina que quer jogar no time só de meninos. Os meninos não querem saber de meninas. Acham que futebol é coisa de homem, que meninas fazem coisas delicadas: brincam de bonecas, de mamãe-e-filhinha,  dançam balé. O título, Menina Não Entra é bem sexista. Onde já se viu? As mulheres jogam futebol, claro, e lançam dardos, jogam vôlei, basquete. Hoje, os homens vão para a cozinha. Olhem só a quantidade de programas culinários em que os homens são chefes de cozinha! Antigamente as cozinhas eram dominadas pelas mulheres. Felizmente, os tempos mudaram!              
 
Por que criou uma forte personagem feminina?
As mulheres são fortes e delicadas ao mesmo tempo. Hoje, elas trabalham, conquistam cargos importantes e, além disso, fazem o trabalho doméstico, se desdobram em mil. Fernanda, a personagem do livro, precisa ser forte. Ela tem de convencer os amigos que é boa o bastante para jogar com eles. E conquistar, junto com eles, o campeonato. Porque todo mundo junto é muito mais unido! 


Por quais motivos optou em abordar a questão da igualdade de gênero?
Nós somos iguais. Ninguém é diferente de ninguém.   
 
Em sua opinião, qual a importância de trazer o tema da igualdade, bem como o da diversidade sexual para o ambiente escolar?
Abordei um tema que me incomoda: o preconceito. O que é considerado “normal”? Meninos no futebol, meninas brincando de casinha? Se essa discussão traz a baila cidadãos ainda preconceituosos, a literatura infantil está aí para ajudar a mudar isso. Além do mais, brinquedo e brincadeira não tem gênero!  

Mais informações sobre a Editora do Brasil estão disponíveis no site: www.editoradobrasil.com.br 

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