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A economia indígena em tempos de globalização

Nov 12, 2006

O problema da circulação de bens na economia política dos nativos é o tema discutido pelo livro Economia Selvagem, lançamento da Editora UNESP e Instituto Socioambiental (ISA). O autor, César Gordon, antropólogo e etnógrafo, realiza, desde 1998, um trabalho de campo com os índios Xikrin-Mebêngôkre, envolvidos no episódio com a Vale. No livro, procura responder às seguintes questões: a antropologia pode explicar satisfatoriamente o desejo de uma população indígena por dinheiro e mercadorias? E o que dizer quando o consumo indígena transcende as necessidades de produção material ou de subsistência e aparece-nos à primeira vista como uma espécie de “consumismo”? Com base em uma detalhada etnografia do caráter inflacionário do consumo entre os índios Xikrin, Gordon nos mostra que o desejo indígena pelos objetos que lhes são estrangeiros não é exótico. Ao contrário, é a expressão de um propósito e de uma história propriamente indígenas, com profundas conexões com a cosmologia, o sistema ritual e o parentesco.

A economia indígena em tempos de globalização

A economia indígena em tempos de globalização

Há algumas semanas, a ocupação das instalações da Vale do Rio Doce em Carajás (PA) por 200 índios, das comunidades Xikrin do Cateté e Djodjekô, armados de arcos, flechas e bordunas, trouxe à tona uma antiga discussão sobre um tema candente para muitas populações indígenas no Brasil: a relação com os não-índios, com o Estado e com a economia capitalista. Por retirarem recursos naturais das terras ocupadas pelos índios, a Vale do Rio Doce fornece mensalmente um valor em dinheiro para os representantes das tribos. Por conta disso, os índios reivindicavam mais recursos por parte da companhia e a construção de casas para a comunidade, além da reforma e manutenção de estradas. A ocupação dos índios paralisou por dois dias a maior produtora de minério de ferro do mundo que deixou de produzir 500 mil toneladas do produto.

Tal episódio ilustra o problema da circulação de bens na economia política dos nativos que é  discutido pelo livro Economia Selvagem, lançamento da Editora UNESP e Instituto Socioambiental (ISA).  O autor, César Gordon, antropólogo e etnógrafo, realiza, desde 1998, um trabalho de campo com os índios Xikrin-Mebêngôkre, envolvidos no episódio com a Vale. No livro, procura responder às seguintes questões: a antropologia pode explicar satisfatoriamente o desejo de uma população indígena por dinheiro e mercadorias? E o que dizer quando o consumo indígena  transcende as necessidades de produção material ou de subsistência e aparece-nos à primeira vista como uma espécie de “consumismo”?

Com base em uma detalhada etnografia do caráter inflacionário do consumo entre os índios Xikrin, Gordon nos mostra que o desejo indígena pelos objetos que lhes são estrangeiros não é exótico. Ao contrário, é a expressão de um propósito e de uma história propriamente indígenas, com profundas conexões com a cosmologia, o sistema ritual e o parentesco.

Sobre o autor - Cesar Gordon, antropólogo e etnógrafo, é doutor pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (IM-UFRRJ). Pesquisador do Núcleo Transformações Indígenas e do Núcleo Cultura e Economia, desde 1998 faz trabalho de campo e estudos com os índios Xikrin-Mebêngôkre.

Título: Economia Selvagem – Ritual e mercadoria entre os índios Xikrin-Mebêngôkre
Autor: Cesar Gordon
Número de páginas: 452
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 54
ISBN: 85-7139-666-3
Data de publicação: 2006

Os livros da Fundação Editora da UNESP podem ser adquiridos pelo site: www.editoraunesp.com.br

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