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Os efeitos da modernização no cotidiano dos camponeses

Dec 05, 2006

A tese defendida por Eliane Tomiasi Paulino em Por uma geografia dos camponeses, lançamento da Editora UNESP, é que o desenvolvimento capitalista provocou um movimento de recriação do campesinato. Como geógrafa, a autora busca mapear o processo de territorialização camponesa resgatando as estratégias e trajetórias de sua inscrição no universo capitalista, marcado, entre outros aspectos, pela tecnificação da agricultura. Para dar conta do estudo, Eliane Paulino realizou durante cinco meses intensa pesquisa em bairros rurais e sítios de camponeses no norte londrino do Paraná.

Os efeitos da modernização no cotidiano dos camponeses

Os efeitos da modernização no cotidiano dos camponeses

A expansão das relações capitalistas para o campo provocam, desde o século XIX, muitas interpretações sobre o destino do campesinato, sendo a mais comum a que prega seu desaparecimento. Já a tese defendida por Eliane Tomiasi Paulino em Por uma geografia dos camponeses, lançamento da Editora UNESP, é que o desenvolvimento capitalista provocou um movimento de recriação do campesinato. Como geógrafa, a autora busca mapear o processo de territorialização camponesa resgatando as estratégias e trajetórias de sua inscrição no universo capitalista, marcado, entre outros aspectos, pela tecnificação da agricultura.

Para dar conta do estudo, Eliane Paulino realizou durante cinco meses intensa pesquisa em bairros rurais e sítios de camponeses no norte londrino do Paraná. O convívio com quase 300 famílias permitiu a constatação de que, apesar da modernização do trabalho do campo, seus habitantes reproduzem hábitos tradicionais como assar pão caseiro em forno de barro, fazer café em fogão à lenha e comemorar datas como São João em festas comunitárias. Ou seja, os camponeses acumularam riquezas, modificaram seus hábitos de consumo, mas ideologicamente continuam fiéis ao seu modo de vida. Esta é a essência do livro.

Eliane Paulino quebra a teoria da modernização e mostra que o acesso à técnica só ajuda a reforçar e reconstruir os laços do campesinato. A questão da territorialização também esbarra na organização dos camponeses em movimentos político-sociais, especialmente os ligados aos Sem Terra, como o Movimento dos Pequenos Agricultores, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Por uma geografia de camponeses procura dar conta do universo dos trabalhadores do campo marcado pela luta de sua condição autônoma ao combinar a modernidade dos meios com as tradicionais estruturas da família e da comunidade.

Sobre a autora

Eliane Tomiasi Paulino, doutora em geografia pela Unesp de Presidente Prudente, é professora do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Londrina no qual atua também no Programa de Pós-graduação em Geografia, Meio Ambiente e Desenvolvimento.

Título: Por uma geografia dos camponeses
Autora: Eliane Tomiasi Paulino
Número de páginas: 432
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 59
ISBN: 85-7139-671-X
Data de publicação: 2006

Os livros da Fundação Editora da UNESP podem ser adquiridos pelo site: www.editoraunesp.com.br


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