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Reumatologista apresenta manual da dor

Oct 15, 2018

Pedro Ming Azevedo expõe um quadro detalhado das síndromes dolorosas persistentes, com ênfase na fibromialgia

Todos nós sentimos dores, de vez em quando. Uma noite mal dormida e acordamos com um torcicolo que nos incomodará por dias. Um período mais tenso no trabalho e aquela velha dor de cabeça passa de eventual para diária. “Quando essas dores insistem em nos acompanhar por mais de três meses corridos, define-se uma 'síndrome dolorosa persistente'. E quando não há um fator físico específico por trás dela define-se uma síndrome dolorosa 'funcional'” – explica o médico reumatologista Pedro Ming Azevedo, autor de A ciência da dor: sobre fibromialgia e outras síndromes dolorosas, lançamento da Editora Unesp.

Segundo o médico, a grande maioria de nós vai se encaixar nesses diagnósticos em alguns períodos críticos da vida. O nascimento de um filho, ou instabilidades no emprego, ou na família, são clássicos eventos desencadeantes, o que já nos ajuda a esboçar uma compreensão maior sobre o que se está falando: dor pode ser vista como um produto “natural” de uma “sobrecarga”, criada pela necessidade de nos adaptarmos às exigências da vida. "No entanto", explica Azevedo, "pelo menos 10% da população apresenta dor funcional que persiste após o fim desses períodos de maior estresse, que vêm independentemente deles, ou que são desencadeadas por eventos triviais do dia-a-dia. Quando essas dores são generalizadas, e não localizadas, dá-se o nome de fibromialgia”. 

Não há nada de “imaginário” na fibromialgia, afirma Azevedo. A dor é intensa e não raramente pode ser incompatível com uma vida normal. As fronteiras mal definidas desse diagnóstico, a ausência de marcadores específicos para a condição e a ignorância sobre sua origem e mecanismos, frequentemente imprimem uma rotina de descrédito e preconceitos contra esses indivíduos. Outra dificuldade é o tratamento: está claro que comprimidos ajudam no máximo em curto-médio prazo. Findos os efeitos benéficos das pílulas, os pacientes enfrentam as mesmas dores, a impaciência dos parentes, e, frequentemente, o desdém dos médicos. "A fibromialgia é uma condição complexa, causada por uma combinação diferente de fatores em cada paciente", explica o médico. "Para tratá-la, é fundamental se debruçar sobre esses fatores, pilares que nos sustentam, e sobre como funcionamos. Assim nasceu esse livro”.

A ciência da dor, como indica o título do livro, utiliza a ciência como base, segue um pouco mais adiante com a lógica e, finalmente, preenche os espaços vazios com ideias e conceitos sedimentados ao longo de nossa história”, anota Azevedo, que percorre um caminho que passa pela neuroanatomia, neurofisiologia, genética, epidemiologia, psicologia, biologia e sociologia. “Sempre que evidências científicas existirem, é claro, elas serão devidamente ostentadas. Imagino, inclusive, ser mais provável que o leitor se incomode com o excesso delas, e não o contrário.” O autor também se utiliza da larga experiência de consultório e de sua formação em terapia cognitivo-comportamental.

Na primeira parte, dedicada à fisiopatologia, Azevedo explica a história das síndromes de sensibilidade:“um conjunto de condições nas quais o cérebro está atento demais, e reagem demais aos perigos e estímulos negativos, como é o que acontece na fibromialgia e em outras síndromes dolorosas persistentes”. Então prossegue detalhando como são feitos esses diagnósticos, a história que os envolve, as tentativas de criar subgrupos na fibromialgia (e como elas podem nos ajudar a entendê-la), e aprofunda-se nas bases genéticas, neurológicas e psicossociais por trás dessas condições. Na segunda parte, revê as evidências que sustentam ou refutam os tratamentos clássicos contra as síndromes dolorosas funcionais e sugere vias pelas quais os pacientes e os profissionais da saúde podem contornar as dificuldades que impedem as mudanças sociais, psicológicas e comportamentais que podem, efetivamente, levar a uma melhora na qualidade de vida em longo prazo para tais pacientes. Ao final, o leitor encontra testes e questionários que avaliam a eficácia do próprio livro em alcançar esse objetivo.

“Baseando-me em minhas experiências de consultório, discordo das enfáticas conclusões dos colegas autores das diretrizes: sabemos, sim, bastante sobre as causas dessas condições, e, ao menos para uma significante parcela desses pacientes, a ‘cura’ pode ser alcançada”, aponta. “Entendam por ‘cura” não apenas as mudanças ‘existenciais, filosóficas e sociais’, mas também as médicas e psicológicas que lhes possibilitarão uma vida mais completa, feliz e sem a dor disfuncional.”

Sobre o autor - Pedro Ming Azevedo formou-se Medicina (1998) e especializou-se em Reumatologia (2002) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Na mesma instituição, defendeu doutorado em Genética de Doenças Autoimunes (2009) e aprofundou o tema no pós-doutorado (2013), na Universidade de Auckland, Nova Zelândia. Atualmente leciona no serviço de Reumatologia da Faculdade Evangélica do Paraná, orienta alunos de mestrado e doutorado no Instituto de Pesquisas Médicas (IPEM) – ligado à mesma instituição – e ministra aulas em cursos de pós-graduação do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. É autor de diversos artigos e capítulos de livro, dois deles publicados em obras importantes de sua especialidade (Rheumatology Textbook, de Marc C. Hochberg, e Kelley & Firestein’s Textbook of Rheumatology). Paralelamente à atividade acadêmica, atende em consultório particular como médico e terapeuta cognitivo-comportamental, onde enriquece sua experiência no tratamento de pacientes fibromiálgicos e outros portadores de síndromes dolorosas persistentes.

Título: A ciência da dor: sobre fibromialgia e outras síndromes dolorosas 
Autor: Pedro Ming Azevedo 
Número de páginas: 374 
Formato: 16 x 23 cm 
Preço: R$ 69,00 
ISBN: 978-85-393-0742-5

Mais informações sobre os livros publicados pela Editora Unesp estão disponíveis
no site: www.editoraunesp.com.br

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