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13 de maio: retratos da escravidão na literatura juvenil

May 11, 2012

Importante marco nas lutas pela liberdade no Brasil, o 13 de maio, data de promulgação da Lei Áurea, sofreu diversas críticas ao longo da história, seja por parte do movimento negro – que o considera uma data oficial, comprometida com a lógica “branca” da  Casa Grande, e lhe opõe o 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares –, seja por aqueles que reconhecem quanto resta da herança escravista no Brasil de hoje, onde ainda é enorme a distância entre a população afrodescendente e o pleno gozo da cidadania. Conforme atestam as Pesquisas Nacionais de Amostragem por Domicílio (PNAD), realizadas pelo IBGE ao longo da última década, os níveis de desigualdade racial no país seguem altíssimos: a renda familiar dos brancos é 2,3 vezes maior que a das famílias negras, superioridade que se repete em outros indicadores, como escolaridade e expectativa de vida, e se inverte que se refere às taxas de mortalidade infantil, de desemprego e de participação na população carcerária, por exemplo.

Diante disso, a supressão jurídica do escravismo, assinalada pelo 13 de maio, ainda tem um longo caminho a percorrer.

Tal transição rumo ao reconhecimento efetivo dos direitos dos negros pode ter na literatura um poderoso aliado, mobilizando a imaginação e a sensibilidade das pessoas. A esse propósito, os jovens leitores brasileiros podem travar contato com o drama da escravidão por meio de três títulos do catálogo de Edições SM.

Em primeiro lugar, o livro de poemas Navios negreiros, que reúne a versão integral de um dos mais importantes poemas da literatura brasileira, o “Navio negreiro”, de Castro Alves, publicado em 1969, precedido do poema homônimo de 1854, escrito por Heinrich Heine, escritor romântico alemão influenciado pelo iluminismo francês. A reunião das duas peças propicia a reflexão sobre o tráfico de escravos visto a partir de perspectivas contrastantes: de um lado, o humor negro de Heine, que dá voz à ganância dos traficantes, preocupados unicamente com o prejuízo decorrente com a morte da negra mercadoria (“Consigo quase mil por cento/ Se só metade houver morrido”), do outro, o lirismo humanitário do baiano brasileiro, indignado com a conversão em mortalha do que o “auriverde pendão” de nossa terra, “que a brisa do Brasil beija e balança”.

A história de Chico ReiOutro livro que trata do tema da escravidão é o álbum ilustrado A história de Chico Rei, de Béatrice Tanaka. Ícone do imaginário afro-brasileiro cuja história é transmitida de boca em boca desde o século XVIII, Chico é o rei africano escravizado, trazido à força para trabalhar em uma mina de ouro em Vila Rica, que, valendo-se da astúcia e do trabalho, consegue reunir recursos para libertar seus compatriotas. O álbum reconta essa história por meio de palavras e imagens, mostrando ainda como o herói inspirou outras manifestações artísticas, como um balé com argumento de Mário de Andrade  e música de Francisco Mignone, além de um samba-enredo do Salgueiro e um poema de Cecília Meireles, ambos incluídos no volume.

A lenda de Taita OsongoPor fim, abordando o problema do tráfico para além das coordenadas brasileiras, temos o romance juvenil A lenda de Taita Osongo, do jornalista e escritor cubano Joel Franz Rosell. Ambientado em Havana, na época das grandes navegações, o romance narra as aventuras do ganancioso marinheiro Severo Blanco. Ao escravizar um poderoso feiticeiro negro Taita Osongo, ele recebe uma maldição que faz com que sua filha, apaixonada por um escravo, insurja-se contra o pai. A história é entrecortada por imagens do premiado ilustrador brasileiro Fernando Vilela.

Por intermédio dessa amostra que reúne poesia e prosa, misturando autores nacionais e estrangeiros de diferentes épocas, o leitor adolescente mergulha de cabeça e coração no drama desses homens desenraizados e submetidos, percebendo como o princípio da igualdade continua a demandar validação prática, inspirando lutas no Brasil e no mundo.  

Título: Navios Negreiros
Autores: Castro Alves e Heinrich Heine
Organizadora: Priscila Figueiredo
Tradutores: Priscila Figueiredo e Luiz Repa
Ilustrador: Maurício Negro
Número de páginas: 80
Formato: 13,8 x 20,8 cm
Preço: R$ 31,00
Indicação: Leitor crítico (a partir de 12/13 anos)
ISBN: 978-85-60820-33-7
Coleção: Comboio de corda/ Poesia 

Título: A história de Chico Rei
Autora e ilustradora: Béatrice Tanaka
Número de páginas: 64
Formato: 27,5 x 20,5 cm
Preço: R$ 32,00
Indicação: Leitor fluente (a partir de 10/11 anos)
ISBN: 978-85-7675-597-5
Coleção: SM/ Livros ilustrados

Título: A lenda de Taita Osongo
Autor: Joel Franz Rosell
Tradutor: Heitor Ferraz Mello
Ilustrador: Fernando Vilela
Número de páginas: 112
Formato: 12 x 19 cm
Preço: R$ 28,00
Indicação: Leitor fluente (a partir de 10/11 anos)
ISBN: 978-85-7675-156-4
Coleção: Barco a Vapor (série laranja)

Mais informações sobre os livros de Edições SM estão disponíveis em: www.edicoessm.com.br

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No Brasil, onde atua desde 2004, o Grupo SM oferece um amplo catálogo de serviços educacionais e conteúdos didáticos e de literatura infantil e juvenil para a educação básica elaborado por Edições SM, e integrado a um projeto que inclui estímulo à formação continuada e à valorização de professores, incentivo à reflexão sobre educação, apoio a projetos socioculturais de diversas instituições, e fomento à leitura e à produção literária. Em parceria com o Ministério da Educação, a Organização dos Estados Ibero-americanos e outras instituições educacionais, promove iniciativas como o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos e o Prêmio Professores do Brasil. Destacam-se também o Prêmio Ibero-Americano SM de Literatura Infantil e Juvenil e o Prêmio Barco a Vapor, que se propõem a despertar o prazer pela leitura entre crianças e jovens e estimular a produção literária em espanhol e português.


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