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A racionalização do trabalho na Companhia Paulista de Estradas de Ferro
Feb 21, 2007
Através da memória de trabalhadores aposentados da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, de Rio Claro, interior de São Paulo, a obra Senhores dos Trilhos, de Álvaro Tenca, lançada pela Editora UNESP, busca elementos para discutir a organização racional do trabalho nos anos 1930 e 1940. O autor relaciona os temas da racionalização e da memória dos velhos ferroviários, numa reflexão sobre trabalho e tempo livre, necessidade e liberdade.
Através da memória de trabalhadores aposentados da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, de Rio Claro, interior de São Paulo, a obra Senhores dos Trilhos, de Álvaro Tenca, lançada pela Editora UNESP, busca elementos para discutir a organização racional do trabalho nos anos 1930 e 1940.
Com base nas reflexões de Marx, Marcuse, Lafargue e Hannah Arendt, o autor discorre, no primeiro capítulo, sobre o conceito de racionalização do trabalho e suas diferentes formas de manifestação e determinantes históricas, aproximando a discussão ao caso brasileiro, no período analisado. Tenca relaciona os temas da racionalização e da memória dos velhos ferroviários, numa reflexão sobre trabalho e tempo livre, necessidade e liberdade.
Para analisar a ação racionalizadora da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, a obra descreve, no segundo capítulo, o Curso de Ferroviários da empresa, por meio de relatos de diferentes entrevistados, ingressantes no curso no período de 1934, data em que foi criado, até 1948. Em seguida, propõe uma reflexão sobre a natureza e a importância desse curso na estruturação do ensino profissional industrial representado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
No penúltimo capítulo, sete narrativas de ex-alunos do Curso de Ferroviários são reproduzidas com o objetivo de preservar a memória de parte da história vivida pelos ferroviários aposentados. Desses relatos, destacam-se, no último capítulo, as atividades que, embora ocupassem a maior parte do tempo dos trabalhadores, incorporando as horas extras no cotidiano do trabalho, não eram suficientes para garantir a sua sobrevivência, forçando-os a complementar o salário fora da empresa e privando-os do tempo livre.
Dessa forma, a partir das narrativas dos senhores dos trilhos, a obra problematiza a racionalização do trabalho e analisa o irracionalismo do mundo do consumo contemporâneo que, ao ampliar o tempo do trabalho, num processo contínuo de confisco do tempo livre, reproduz o universo das coisas descartáveis.
Sobre o autor – Álvaro Tenca é bacharel em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), licenciado em Ciências Sociais pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, mestre em História pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutor em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Aposentou-se como professor do Departamento de Educação do Instituto de Biociências da UNESP, campus de Rio Claro.
Título: Senhores dos trilhos: racionalização, trabalho e tempo livre nas narrativas de ex-alunos do Curso de Ferroviários da Antiga Paulista
Autora: Álvaro Tenca
Número de páginas: 332
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 54
ISBN: 85-7139-723-6
Data de publicação: 2006
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