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Pesquisador investiga presença da esquerda nas forças armadas brasileiras

Feb 01, 2021

Obra ganha segunda edição revista e ampliada na qual o autor acrescenta capítulo sobre o papel dos militares desempenhados no governo Jair Bolsonaro

É realmente bom para a democracia que os militares fiquem longe da política? Ou seria melhor reconhecer que as forças políticas estão tão presentes nos meios militares quanto nos demais setores da sociedade? Pois em Militares e militância: Uma relação dialeticamente conflituosa – 2ª edição revista e ampliada, Paulo Ribeiro da Cunha vai além desta questão, ao defender a tese de que se reconheça e legitime a presença histórica da esquerda nas Forças Armadas Brasileiras. Ele analisa o longo período de militância dos militares de esquerda no país, dividindo-o entre a fase da “insurreição” – do fim do século 19, com os “republicanistas radicais”, até 1945 – e a fase de intervenção dos militares nas grandes causas nacionais, que se estende até 1964. Esta edição ganha um inédito preâmbulo em que o autor, ancorado na sua larga perspectiva histórica, foca o papel assumido pelos militares no governo Bolsonaro, tendo como arco temporal o primeiro semestre de 2019.

“O ímpeto do autor é desconstruir, aos poucos e com vigor, retomando passagens e processos de um tempo largo para indicar processos de participação militar na política por vias bastante distintas”, anota na apresentação à segunda edição o pesquisador Samuel Alves Soares. “O vigor analítico é acompanhado por um cuidado em não adotar uma narrativa peremptória e dogmática. Bem ao contrário, é cuidadoso ao indicar que permanecem lacunas importantes nas pesquisas sobre militares, mais ainda aqueles à esquerda ou de esquerda.”

No percurso, Paulo da Cunha revela aspectos ainda hoje pouco explorados acerca do assunto, ao investigar, por exemplo, a influência marxista nas fileiras do Exército, por meio da análise de periódicos quase desconhecidos, a presença do espírito revolucionário na insuspeita Marinha dos anos 1920 e a história do Antimil, a quase invisível organização comunista voltada para a militância no interior das Forças Armadas.

O estudo, enfim, procura demonstrar a presença da esquerda num meio em que vicejariam somente posições políticas direitistas, como sugere a truculência ainda viva na memória do país da ditadura militar (1964-1985). “Para reavivar essa memória e em um contexto de retorno dos militares ao primeiro plano do palco principal do governo brasileiro, esta 2ª edição de Militares e militância, que aprofunda a pesquisa anterior, não poderia ser mais urgente e bem-vinda”, anota o doutor em história pela UFRJ Cláudio Beserra de Vasconcelos nas orelhas do livro. “Dialogando com a melhor literatura sobre o assunto e fundamentado em rico levantamento de fontes, o autor reconstitui com grande competência uma trama complexa e captura um aspecto essencial da transformação da sociedade brasileira ao longo do século XX: a militância política da esquerda militar.” 

Sobre o autor - Paulo Ribeiro da Cunha é doutor em Ciências Sociais (Unicamp) e livre docente em Ciência Política da Unesp - câmpus de Marília. Atualmente desenvolve o Pós-Doutorado no Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF).

TítuloMilitares e militância: Uma relação dialeticamente conflituosa –2ª edição revista e ampliada
Autor: Paulo Ribeiro da Cunha
Número de páginas: 484 
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 78,00
ISBN: 978-65-5711-013-3

Mais informações sobre os livros publicados pela Editora Unesp estão disponíveis no site: www.editoraunesp.com.br

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