Fórum PNLL Vivaleitura confirma compromisso de transformar o livro em política de Estado

O Fórum PNLL Vivaleitura 2006/ 2008 foi oficialmente aberto neste domingo, 12 de março, quando também se encerrou oficialmente o Ano Ibero-americano da Leitura com um balanço de suas atividades, com a presença de mais de 1.500 pessoas. A afirmação do compromisso com a transformação do livro e da leitura em política de Estado, deixando-o independente de gestores ou governos, marcou o evento. Com isso, se estabelece a partir de agora as práticas, detalhadas no PNLL a ser lançado na segunda-feira durante o Fórum, que irão fazer do livro uma ferramenta de inclusão social e conseqüente fortalecimento da democracia.

Entre os presentes, estavam Galeno Amorim, coordenador do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL); Sérgio de Sá Leitão, secretário de Política Cultural do Ministério da Cultura, representando o ministro Gilberto Gil; Ronaldo Teixeira, secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação, representando o ministro Fernando Haddad; Alfredo Weiszflog, coordenador do Comitê Executivo do Vivaleitura; Oswaldo Siciliano, presidente da Câmara Brasileira do Livro; Daniel González, diretor da Organização dos Estados Americanos (OEI); Luis Fernando Sarmiento, secretário técnico do Cerlac; e Âmbar de Barros, representante da Unesco.

Sá Leitão afirmou que para o Ministério da Cultura há quatro pontos fundamentais no PNLL: o fortalecimento econômico do setor livreiro, o apoio decisivo ao campo da criação, a ampliação e inclusão de pessoas ao universo da leitura e a democratização do acesso.  Já Teixeira salientou a importância dos ministérios da Cultura e da Educação estarem juntos no Plano, pois a meta de dobrar o índice nacional de leitura só será atingida com a união de governo e sociedade. A importância deste processo foi salientada por Sarmiento, que afirmou ser a leitura um direito fundamental do cidadão e o Vivaleitura (que o Ano Ibero-americano da Leitura foi batizado no Brasil) uma referência obrigatória na luta para mudar o panorama latino-americano.

Em relação ao balanço do Vivaleitura, Amorim citou os programas Imposto Zero (desoneração da cadeia produtiva do livro) e o BNDES Pró-livro, a formação da Câmara Setorial do Livro e Leitura, a formatação das Linhas de Ação para a Política Nacional do Livro e o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) 2006/2008. Mas o grande destaque ficou por conta da resposta da sociedade brasileira com 100 mil atividades realizadas na maior parte dos municípios do País. Entre as principais ações, Amorim chamou a atenção para a criação de mil novos pontos de leitura, a distribuição de 160 milhões de livros, a realização de mais de 300 eventos e mais de 100 feiras de livros, além de diversos prêmios, entre eles, o Prêmio Vivaleitura. O coordenador do PNLL finalizou questionando como manter a mobilização e não desperdiçar todo este esforço. A resposta, segundo ele, está no próprio PNLL, no Prêmio Vivaleitura e no calendário anual de programas e projetos, que integrará o Plano.