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A violência revolucionária como ferramenta de transformação social

Mar 03, 2006

Os conflitos do século XXI trouxerem novos termos para o debate geopolítico: fundamentalismo, terrorismo e conflito de civilizações ocuparam o lugar de guerrilhas latino-americanas, imperialismo norte-americano e revolução cultural. Mas permanece, mesmo que com diferentes representações, a possibilidade da violência como arma revolucionária. É esse o tema que Maria Ribeiro do Valle aborda em A violência revolucionária em Hannah Arendt e Herbert Marcuse - publicado pela Editora UNESP - relacionando o plano teórico de dois autores paradigmáticos.

A violência revolucionária como ferramenta de transformação social

A violência revolucionária como ferramenta de transformação social

Os conflitos do século XXI trouxerem novos termos para o debate geopolítico: fundamentalismo, terrorismo e conflito de civilizações ocuparam o lugar de guerrilhas latino-americanas, imperialismo norte-americano e revolução cultural. Mas permanece, mesmo que com diferentes representações, a possibilidade da violência como arma revolucionária, tema que Maria Ribeiro do Valle aborda em A violência revolucionária em Hannah Arendt e Herbert Marcuse, relacionando o plano teórico de dois autores paradigmáticos.

Partindo das concepções filosóficas distintas de Arendt e Marcuse, Maria Ribeiro do Valle nos oferece amplos subsídios para o aprofundamento da questão sobre o uso da violência e o seu contraponto, o diálogo, para a transformação da sociedade. Neste sentido, questiona as leituras que os dois autores fazem de Marx e suas concepções políticas, que implicam diagnósticos diversos para uma mesma conjuntura histórica: a contestação estudantil dos anos 60. O que a leva à pergunta de como explicar a retomada das utopias anticapitalistas do século XIX: devemos “recolocá-las na história” ou desconsiderá-las devido ao “anacronismo” de suas categorias?

Neste resgate dos fundamentos epistemológicos que nortearam as reflexões de Arendt e Marcuse, há a remissão (além daquela devida a  Marx) ao pensamento de Tocqueville, Freud, Hegel e à tradição grega. Em relação a Marcuse, contrasta o pessimismo dominante em seus trabalhos de 64 com a nova concepção de revolução social gerada a partir da experiência contestatória dos anos 60, chegando aos argumentos em favor da legitimidade ética e política da violência transformadora. E vemos em Arendt a crítica à tradição hegeliano-marxista, que a leva a negar qualquer potencialidade transformadora aos movimentos estudantil e de libertação colonial.

Estes ecos da década de 60 soam hoje mais distantes do que seria possível inferir a partir do tempo cronológico que dele nos separa, mas o exame das teorias e práticas revolucionárias nos remetem a um debate político sobre a transformação da sociedade que é intrinsecamente atual. O resultado é uma reflexão que, além de colocar a questão social no centro do problema político, nos possibilita pensar criticamente o mundo contemporâneo.

Sobre a autora – Maria Ribeiro do Valle é graduada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo e mestre e doutora pela Unicamp. É autora de 1968: O Diálogo é a Violência: Movimento Estudantil e Ditadura Militar no Brasil (Editora da Unicamp). Atualmente, é professora no Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, câmpus de Araraquara.

Título: A violência revolucionária em Hannah Arendt e Herbert Marcuse
Autora: Maria Ribeiro do Valle
Número de páginas: 192
Formato: 14 x 21cm
Preço: R$ 38
ISBN: 85-7139-613-2
Data de publicação: 2006

Os livros da Fundação Editora da UNESP podem ser adquiridos pelo site: www.editoraunesp.com.br

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