Universidade Estadual do Norte do Fluminense vence o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos

A Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) foi uma das vencedoras do Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos, promovido pela Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República, com o patrocínio e a execução da Fundação SM.

Com o projeto Contribuições da Educação Continuada na Formação do Professor-Pesquisador para a Vanguarda da Pesquisa em Educação, a Universidade Estadual do Norte Fluminense venceu na categoria referente a projetos de extensão universitária, disputada por 77 universidades brasileiras.

“Este projeto nasceu da escassez de recursos então disponíveis para atividades de extensão. Foi por ter uma visão propositiva e não derrotista diante das dificuldades financeiras da época que a Universidade apostou na sua própria capacidade de formulação de políticas, de agregação de parceiros e de intervenção na realidade regional”, explica o reitor da UENF, Almy Junior.  

O plano elaborado pela Universidade – que mobilizou mais de mil professores – buscou capacitar educadores, enfatizando o enfrentamento dos problemas atuais que afetam a comunidade e estimular o exercício da cidadania nos âmbitos sociais, econômicos, culturais e ambientais. Para isso, foram desenvolvidas atividades como debates, palestras, ciclos de oficinas pedagógicas e também a elaboração de uma cartilha didática com propostas de exercícios das disciplinas escolares baseados na prática dos Direitos Humanos.

Por meio da construção da cultura em torno dos Direitos Humanos, a instituição visa mudanças no meio social, como a formação de indivíduos capazes de agir a favor de uma organização justa e igualitária, a melhoria da qualidade do ensino e o fortalecimento de uma democracia inclusiva e participativa.

“Aqui estamos mais acostumados a ver cientistas recebendo prêmios ou homenagens, e por algum tempo criou-se uma ideia equivocada de que só os 'doutores' são importantes. Este projeto de educação em direitos humanos teve forte participação de nossos técnicos, e isto também foi importante para cristalizar a visão correta de que todos são importantes e têm papel relevante a cumprir”, acrescenta Almy Junior.

Com mais de 350 inscritos de todo o Brasil, foram premiadas as seguintes categorias: As Secretarias de Educação na Construção da Educação em Direitos Humanos; A Educação em Direitos Humanos na Escola - Escolas Públicas;  A Educação em Direitos Humanos na Escola - Escolas Privadas;  A Formação e a Pesquisa em Educação em Direitos Humanos; A Educação em Direitos Humanos na Extensão Universitária.

Os primeiros colocados em cada categoria receberam, além de troféu e certificado, R$ 15 mil. Os segundos, R$ 5 mil. A entrega do prêmio aconteceu no dia 3 de dezembro, em cerimônia realizada no Memorial JK, em Brasília. A próxima edição do prêmio acontecerá em 2010. Em 2009 será promovida a disseminação, troca de experiências e reflexão sobre os trabalhos vencedores.

Para conhecer a íntegra do projeto desenvolvido pela Universidade Estadual do Norte Fluminense, clique aqui, e aqui para conhecer o projeto Coque Vive: Rede de Comunicação e Cultura em prol da efetivação dos direitos humanos em uma comunidade do Recife, desenvolvido pela Universidade Federal de Pernambuco, a segunda colocada na categoria.

Mais informações sobre o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos estão disponíveis no site: www.educacaoemdireitoshumanos.org.br.